Luxação Patelar

Um dos problemas mais frequentes entre cães e gatos que costumam ser consultados por um médico veterinário ortopedista é a luxação patelar.

Geralmente causada por problemas genéticos, obesidade ou traumas. Essa enfermidade traz muita dor ao animal e prejudica intensamente a sua mobilidade.

A função da patela, antigamente conhecida como rótula – osso do joelho do animal que tem alinhamento com o músculo do quadril (quadríceps) -, é sustentar grande parte da estrutura óssea e amortecer a articulação do joelho do seu pet.

Quando há luxação da patela, ocorre o desencaixe das articulações da área do joelho onde se encontra o osso.

A luxação patelar pode levar a lesões como:

● Ruptura do Ligamento cruzado cranial;
● Desgaste da articulação;
● Artrose ;
● Lesão dos ligamentos complementares .

Essas lesões costumam acometer, principalmente, as raças pequenas, consideradas toy e miniaturas, onde o sulco troclear é muito raso e tem origem congênita ou traumática.

Animais que mais sofrem com a luxação de patela

Animais que mais sofrem com as luxações

Em grande maioria, os casos de luxação de patela ocorrem em cães de pequeno porte. No entanto, por alguma condição congênita, ou seja, alguma particularidade genética, cães de grande porte também podem sofrer lesões do gênero.

Em gatos, as luxações da rótula costumam acontecer quando o felino apresenta obesidade ou hiperatividade. Quando o pet é bastante ativo, quedas e saltos de determinadas alturas podem causar traumas.

Raças caninas com maior predisposição a terem luxação patelar

● Poodle;
● Yorkshire;
● Shih Tzu;
● Daschund;
● Chihuahua;
● Pug;
● Pequinês;
● Bichon Frisé;
● Lulu da Pomerânia;
● Lhasa Apso;
● Pinscher;

Luxação patelar em cães de grande porte

Quando falamos em cães de grande porte, a predisposição de luxação patelar existe nas seguintes raças:

● Cocker Spaniel;
● Labrador Retriever;
● Bulldog inglês;
● Golden Retriever.

Principais sintomas de um pet com luxação patelar

Geralmente, é comum que os tutores não sejam capazes de perceber alguma anormalidade no comportamento do seu pet em casos de luxação patelar. No entanto, há diversas alterações que, caso se observe com atenção, são possíveis de notar.

Confira, abaixo, os principais sintomas de um pet com luxação patelar:

● Não conseguir saltar ou pular normalmente;
● Esticar a perna para trás ao andar;
● Dores que se tornam mais perceptíveis no frio;
● Aparência inchada das articulações;
● Parte inferior do membro virada para a possível luxação patelar.

Níveis de gravidade da lesão

A luxação patelar possui quatro níveis diferentes de gravidade da lesão, podendo acometer cada pet de maneira distinta. São eles:

  1. Grau 1: a patela sai do lugar com a ajuda do médico veterinário e volta ao seu devido lugar imediatamente após a soltura.
  2. Grau 2: a patela sai sozinha do lugar e volta para o seu local de origem sem necessitar de ajuda.
  3. Grau 3: neste caso, a patela já se encontra luxada , e só fica inserida no sulco troclear com a manipulação do médico veterinário .
  4. Grau 4: aqui, o caso é mais difícil, já que a patela do animal trava externamente ao sulco patelar, impossibilitando o animal ou o médico veterinário de colocá-la no lugar. Geralmente, a patela só volta ao lugar após procedimento cirúrgico.

Diagnóstico de luxação patelar

O diagnóstico de luxação patelar em animais deve ser feito pelo ortopedista veterinário, através dos exames físicos , em primeira instância, e depois por exames radiográficos .

Por intermédio dos procedimentos de raio-x, é possível observar os níveis de degeneração patelar com maior precisão e, assim, analisar de uma maneira mais completa a lesão na articulação do pet.

Tratamento para luxação patelar

O tratamento para luxação patelar geralmente é cirúrgico , dependendo do nível da lesão do animal , onde o principal objetivo é deixar a patela inserida no sulco troclear sem luxar novamente durante a extensão e flexão do membro .

Prevenção para luxação patelar

A melhor maneira de realizar a prevenção para luxação patelar em cães e gatos é proporcionar uma vida saudável aos pets, evitando que os mesmos se tornem obesos. Vale, ainda, se possível, trabalhar na prevenção de saltos e quedas bruscas.

Os casos congênitos costumam ser difíceis de prever. A melhor maneira de prevenir um mal maior é levar o seu pet ao médico veterinário ortopedista para consultas de rotina e acompanhamento do paciente.

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