Leishmaniose canina visceral: o que é?

A leishmaniose é uma doença parasitária que afeta o sistema imunológico dos pets. Apesar de não ser transmitida para o paciente zero por outros animais, após um animal ou ser humano ser infectado, ela pode ser transmitida de um para o outro em cadeia.

Inicialmente, o mosquito carrega o parasita, chamado de Leishmania e o transmite para cães, após picá-los. Depois de infectados, os animais podem transmitir a patologia para outros pets e até para seres humanos.

Existem dois tipos de leishmaniose: a visceral e a cutânea. No entanto, em 99,9% das vezes, quando falamos em leishmaniose canina, estamos lidando com a do tipo visceral, que costumeiramente tem os cães como alvos principais.

A leishmaniose visceral canina, como dito anteriormente, após o paciente zero ser infectado pelo inseto hematófago, pode ser transmitida tanto de um cão para um humano como de um humano para um cão. Vale lembrar que é uma doença que caso não tratada da maneira correta pode levar a óbito.

Por conta de sua gravidade, a leishmaniose é tratada como questão de saúde pública e gera bastante preocupação às autoridades.

Sintomas de leishmaniose canina visceral

Geralmente, um cão acometido por leishmaniose apresenta diversos sintomas, como, por exemplo:

  • Lesões;
  • Descamações;
  • Coloração branca prateada na pele;
  • Infecção nas patas (pododermatite);
  • Pele grossa na região das patas (hiperqueratose dos coxins);
  • Unhas espessas e em formato de garra (onicogrifose).

Além disso, é importante ficar atento a feridas que têm dificuldade para sarar completamente e aos olhos do cão, haja vista que a maior parte dos animais acometidos por leishmaniose tem tendência a terem patologias oculares.

 Prevenção e tratamento para leishmaniose  canina visceral

Até pouco tempo atrás, o diagnóstico de leishmaniose em cães era quase uma sentença de morte para o pet. Como a doença não tem cura e pode ser transmitida para seres humanos, geralmente o animal era sacrificado, haja vista que casos de leishmaniose se tornam questão de saúde pública.

A patologia, além de ser uma grave zoonose, possui a possibilidade de contaminar outros animais e humanos. Por conta disso, sempre foi uma grande preocupação por parte dos órgãos de saúde.

Contudo, desde 2016, o Ministério da Saúde regulamentou um novo medicamento para tratar cães que teve sucesso e impediu que mais animais fossem sacrificados.

Entenda

Embora o parasita Leishmania necessite do mosquito para a sua transmissão – o chamado vetor -, o cachorro é o principal hospedeiro urbano da patologia. A partir de cães, a doença pode se espalhar para outros animais como para humanos.

Geralmente, o cão, após ser picado, carrega consigo o parasita e transmite para outros animais e humanos, seja em abrigos ou residências domésticas.

Por conta desse cenário, recorrentemente animais foram sacrificados para impedir que a leishmaniose se espalhasse para outros seres.

Medicamento para Leishmaniose

Como dito anteriormente, em 2016 foi descoberto um novo medicamento regulamentado pelo Ministério da Saúde que trouxe muitos benefícios clínicos e epidemiológicos para os animais contaminados.

Atualmente, ao ser tratado da maneira adequada, os cães podem viver uma vida clinicamente estável, sem lesões ou sinais de estar doente. É importante destacar que a cura é estritamente clínica e epidemiológica, haja vista que o parasita se mantém no corpo do hospedeiro.

Ao tomar o medicamento, o cão deixa de ser um agente de transmissão do parasita leishmania e tem os prejuízos da patologia reduzidos em seu corpo.

Contudo, o tratamento ainda é caro, duradouro e requer bastante atenção do médico veterinário que aplica-lo. É possível que o cão que seja submetido ao tratamento precise continuar com os procedimentos de redução dos sintomas pelo resto da vida.

Prevenção da Leishmaniose canina

Para evitar que o seu pet seja acometido pela Leishmaniose você deve ter cuidado com algumas questões, como, por exemplo:

  • A limpeza do ambiente: para evitar que os mosquitos – vetor da leishmaniose – se proliferem em determinado local, mantenha-o limpo, sem materiais orgânicos, água parada e higienizado devidamente.
  • Vacina contra leishmaniose: é importante ressaltar que a vacina contra a leishmaniose não garante a proteção completa contra a patologia, haja vista que estudos não comprovam 100% da sua eficácia. Contudo, se administrada da forma correta, em três doses, com intervalo de 21 dias, ano após ano, a substância apresenta resultados bastante positivos.
  • Repelente ou coleira repelente: utilizar coleira repelente ou o repelente diretamente no corpo do cão afasta o mosquito vetor e impede que o animal seja picado por um inseto contaminado.
  • Tela de proteção: quem mora em locais com maior incidência de mosquitos, pode utilizar tela de proteção para evitar que o cão seja picado.

Atenção, a doença pode afetar drasticamente os humanos.

O maior perigo da leishmaniose é que ela passe para o período visceral. Em caso assim, os parasitam agem atingindo o fígado, baço e medula óssea. O sintomas podem ser: tremores, febras, diarreia, suores, anemia, úlceras na pele e epiderme. Se a doença for diagnosticada com antecedência pode ser tratada a tempo, caso contrário pode causar morte rapidamente.

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